QUADRILMOBILIDADE ESPINOPÉLVICA

A coluna, a pelve e o quadril funcionam conjuntamente como se fossem engrenagens e o equilíbrio entre essas estruturas é um ponto chave para o sucesso da artroplastia do quadril.

Quando mudamos da posição de pé para sentada a pelve inclina para trás em torno de 20° permitindo que o quadril flexione livremente, entre 55 e 70°. Esse movimento é acompanhado por uma redução da lordose da coluna lombar mantendo o equilíbrio dessas estruturas.

Pacientes com desgaste da cartilagem do quadril tem diminuição dos movimentos da articulação, incluindo a flexão, e assim precisam compensar essa limitação com um aumento da mobilidade da pelve.

Muitas das alterações de mobilidade dessas estruturas serão normalizadas após a colocação da prótese. Essa é uma das razões para muitos pacientes melhorarem da dor lombar após a cirurgia.

No entanto, algumas vezes, alterações na mobilidade da coluna, da pelve e do quadril são fatores de risco tanto para instabilidade quanto para desgaste precoce dos implantes.

O planejamento adequado da cirurgia considerando a mobilidade espinopélvica permitirá um posicionamento mais adequado e individualizado dos implantes dentro do que chamamos a zona de segurança dinâmica aumentando o sucesso da cirurgia.

Atualmente, além do planejamento convencional utilizando radiografias da bacia com marcadores metálicos e com a ajuda de um software, realizamos a avaliação da mobilidade espinopélvica no plano sagital utilizando radiografias em perfil com os pacientes em pé e sentados.

Com essa avaliação é possível encontrar quem são os pacientes com maior risco e dessa forma fazermos os ajustes necessários para garantir os melhores resultados.